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Novo estudo mostra que mudanças climáticas já provocam danos sérios à saúde humana

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     Um novo relatório, desta vez elaborado por especialistas de 27 academias de ciência europeias reunidas num conselho chamado Easac pinta com tintas ainda mais fortes o impacto que o aquecimento global provoca na saúde dos seres humanos.

     Para o futuro, segundo os cientistas, há de se esperar que as ondas de calor e as secas, cada vez mais intensas e frequentes, disseminem mais doenças transmitidas por mosquitos. E chegará a expandir problemas de saúde mental provocados pelo estresse de lidar com uma situação que absolutamente não é favorável a um bem estar humano.

    "Há impactos ocorrendo agora. E, no próximo século, a mudança climática deve ser classificada como uma das mais sérias ameaças à saúde", disse à reportagem do “The Guardian” o professor Andrew Haines, co-presidente do Easac, um dos cientistas que assina o relatório.

     Esta não é a primeira vez que um alerta deste tipo é soado por quem estuda o assunto. Em novembro do ano passado, 150 especialistas de universidades e instituições europeias, incluindo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Banco Mundial, lançaram um relatório em que fica claro que a saúde das pessoas já estava sendo ameaçada pelas ondas de calor na Europa e pelo aumento dos casos de dengue nos trópicos. As duas condições são causadas pelo aquecimento global, como provam os cientistas.

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     Durante a Conferência das Partes sobre o Clima (COP24) realizada na Polônia em dezembro de 2018, a OMS lançou outro estudo, também deixando claro que o avanço das mudanças climáticas estavam causando problemas sérios de saúde. Este relatório mostrava que atingir as metas do Acordo de Paris poderia salvar cerca de um milhão de vidas por ano em todo o mundo até 2050, somente pela redução da poluição do ar.

     “O valor dos ganhos em saúde decorrentes da ação climática seria aproximadamente o dobro do custo das políticas de mitigação em nível global, e a relação custo-benefício é ainda maior em países como a China e a Índia”, dizia o relatório, acrescentando que a poluição do ar causa sete milhões de mortes a cada ano, como já ficara comprovado no estudo que haviam lançado em maio de 2018.

     A conclusão de Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, é que o Acordo de Paris, conseguido em 2015 durante a COP-21 e que pretende ser um tratado entre as nações para conter o aquecimento global em 1,5 grau é, potencialmente, o mais forte acordo de saúde deste século.
Voltando ao relatório que foca na saúde dos europeus, a conclusão é que bilhões de horas de trabalho agrícola foram perdidas durante as altas temperaturas que têm castigado a região. O aquecimento global prejudicou, também, a capacidade de cultivo.

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     “As regiões mais atingidas foram o Ártico e o Mediterrâneo, causando consequências no resto da Europa”, diz o estudo.

     Além de tudo isso, o impacto na saúde dos humanos é alto. Os cientistas que assinam o relatório admitem que há ações de mitigação já pensada sob o escopo da saúde, mas são fracas. É preciso, alertam, que todas as iniciativas propostas, não só de adaptação como de mitigação dos impactos da mudança climática, sejam pensadas de forma casada, ligando dados climáticos com dados de saúde.

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